Agência Brasil Brasília - O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou hoje (4) que alguns veículos de comunicação querem derrubá-lo, repetindo um método que teriam usado durante a campanha para a Presidência da República, no ano passado. “O que está acontecendo agora é uma covardia de setores da mídia que tentaram derrubar o presidente Lula e não conseguiram.
Perderam no primeiro e segundo turnos [DAS ELEIÇÕES]e agora querem com o presidente do Senado uma espécie de terceiro turno”, disse ao chegar ao Senado.
Renan disse que se sente confortável no cargo e que “com a proteção de Deus e justiça dos meus pares”, vai continuar presidindo o Senado.
Segundo ele, os desdobramentos da denúncia de que um lobista da construtora Mendes Júnior pagaria pensão informal de R$ 12 mil à jornalista Mônica Veloso, com quem o senador tem uma filha, não passam de “uma crise artificial”. “O que há contra mim?
Qual acusação me fazem? É porque eu tive um filho fora do casamento?
Já me penitenciei, pedi perdão, fui perdoado por quem devia?”, questionou.
Ele disse que o caso é uma “confusão tão grande” que não há um fato que o incrimine.
E que apresentou todos os documentos que provam sua inocência.
O senador afirmou ainda que se for necessário, poderá se explicar no plenário e no Conselho de Ética.
Ontem, no plenário do Senado, ele ouviu pedidos de afastamento de vários senadores, de partidos como PDT, PSDB e DEM.
Mas afirmou que continuará no cargo.
Hoje à tarde, o presidente do Conselho de Ética, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), deve indicar uma comissão de três membros para analisar o processo contra Renan Calheiros: um do bloco governista (PT-PSB-PCdoB-PTB-PP-PR), um do PMDB e outro da oposição (PSDB-DEM).