O novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) Romário Dias não se deu por achado com o constrangimento produzido durante a sua posse nesta quarta (4), na sede do órgão.
E fez um discurso de improviso, unindo mensagens duras e afagos aos funcionários da Casa.
Pouco depois de ser empossado, ele viu o procurador Dirceu Rodolfo de Melo, do Ministério Público de Contas (MPC), ser intensamente aplaudido pelos funcionários do órgão, no que poderia ser entendido como uma demonstração de contariedade à indicação de Romário para o TCE. É que o MPC travou com a Assembléia Legislativa uma batalha pelo direito de indicar o nome que iria ocupar a vaga aberta pela aposentadoria compulsória do conselheiro Romeu da Fonte.
Impasse que só foi resolvido pelo Supremo Tribunal Federal, em favor dos deputados. “As questões existiram.
Não adianta maquiá-las”, disse Romário em seu pronunciamento, ao lado de Marcos Loreto, ex-chefe de gabinete de Eduardo Campos, que assumiu a cadeira de Roldão Joaquim. “Nesta questão, preferi que o silêncio fosse o maior grito que eu poderia dar.
Deus sempre me diz: com você as coisas tardam, mas não falham.
E prevaleceu a lei”, bateu.
Ao mesmo tempo, ele procurou pavimentar o caminho para diminuir possíveis arestas que tenham sobrado no TCE por conta da disputa em torno das vagas. “Quero ser seu amigo”, disse olhando para o procurador Dirceu de Melo. “Ser companheiro, lado a lado com você e todos desta Casa.
Punindo com o rigor da lei quem cometer crimes contra o erário público.
Mas também, como o próprio nome do cargo já diz, aconselhando e orientando antes”.
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