BRASÍLIA – O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) disse nesta quarta-feira, em entrevista à Rádio Jovem Pan, não acreditar que termine em “pizza” a investigação sobre a suposta quebra de decoro parlamentar do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Não concordo que termine em pizza.

No momento em que ele (Renan) se afastar, as investigações tomarão seu caminho normal.

Vai fluir”.

Caso o presidente Renan não se licencie da presidência, Jarbas Vasconcelos defende que a pressão continue, em especial no plenário – como ocorreu na sessão de terça-feira (03.07), quando 15 senadores pediram a palavra para defender o afastamento temporário do presidente do Senado. “Foi o ato político mais surrealista do qual já participei”, disse Jarbas, acrescentando que Renan disse que permaneceria no cargo, “apesar do clamor das ruas e dos seus pares”.

Para Jarbas, caso Renan decida não se afastar, um grupo de mais 15 senadores deveria se pronunciar pelo afastamento. “Outras lideranças que ainda não se pronunciaram.

A pressão precisa chegar a um nível insuportável”.

O senador por Pernambuco também criticou a proposta de escolher três relatores para apreciar o processo na Comissão de Ética do Senado. “É uma proposta inusitada e extravagante”.

Jarbas disse que concorda com a crítica do senador Pedro Simon (PMDB-RS), de que só faria sentido três relatores se fossem três assuntos diferentes. “Se com um relator já era complicado, imagine com três”, ironizou Jarbas Vasconcelos.