A Prefeitura de Jaboatão dos Guararapes finalmente desligou a ex-diretora de administração e finanças da Fundação Yapoatan, Maria Sizenalda.

Sizenalda só foi exonerada pelo secretário de Educação, Eduardo Magalhães, no dia 12 do mês passado.

Com um salário de R$ 2.900,00 por mês, a funcionária, acusada pelo MP de improbidade administrativa, ainda embolsou mais de R$ 11.000,00 desde as denúncias de irregularidades.

Na metade de maio, o mesmo secretário de Educação de Jaboatão e presidente em exercício da Fundação Yapoatan, Eduardo Magalhães, reintegrou a funcionária Maria Sizenalda de Souza Timóteo no cargo de diretora de administração e finanças da entidade.

Detalhe: Sizenalda era uma das seis pessoas que estão sendo processadas pela promotoria de Defesa do Patrimônio de Jabaotão em uma ação civil pública por improbidade administrativa.

Justamente por sua atuação como diretora de administração e finanças da Yapoatan, no caso do acordo trabalhista suspeito de fraude que iria beneficiar a filha do prefeito Newton Carneiro, Solange Manoela, com uma indenização no valor de R$ 960 mil.

A portaria 111/ 2007 renomeando Sizenalda para o cargo foi publicada na página 21 da edição 115 do Diário Oficial de Jaboatão.

A nova nomeação valeu desde primeiro de maio - Dia do trabalho, que por sinal foi feriado.

Sizenalda estava afastada do cargo desde o dia 21 de março, por ordem do prefeito Newton Carneiro que, no mesmo dia, destituiu a então presidente Julieta Pontes e a advogada da entidade, Fernanda Campos Casado Lima.

O afastamento das três foi primeiro ato de Eduardo Magalhães à frente da fundação.

Maria Sizenalda, Julieta e Fernanda estão respondendo a processo na 1a Vara da Fazenda Pública de Jaboatão, onde a promotora de justiça do município Dalva Cabral entrou com a ação civil pública que pode levar a multa, perda de cargo público e de direitos políticos.

O prefeito Newton Carneiro, sua filha Solange e a advogada dela, Maria Tenório de Moura, estão citados na mesma ação.

A deputada Elina Carneiro (PSB), filha de Newton e irmã de Solange, também é acusada pela promotora Dalva Cabral.

Mas por ter foro privilegiado, só pode ser processada diretamente no Tribunal de Justiça de Pernambuco se a Procuradoria Geral de Justiça do Estado acatar as denúncias da promotora.