O Governo de Pernambuco anunciou hoje que vai executar nos próximos três anos, em parceria com o Governo Federal, obras de saneamento, urbanização e habitação que custarão mais de R$ 1,3 bilhão, segundo entendimento firmado nesta terça-feira entre o governador Eduardo Campos e a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef.

Reunidos no Palácio do Planalto, o governador e a ministra debateram, um a um, os mais de oitenta projetos apresentados pelo estado para serem contemplados com os recursos do PAC/Saneamento, já aprovado pelo presidente Lula.

No final de duas horas e meia de reunião, foi definida a lista de projetos prioritários e anunciado o início imediato da contratação para a liberação dos recursos. “Pernambuco é uma das unidades da Federação que mais recursos captou do PAC por ter a melhor coleção de projetos prontos para serem executados”, definiu a ministra Dilma, que compareceu à reunião acompanhada por técnicos e pelo ministro das Cidades, Márcio Fortes.

O governador Eduardo Campos disse que o compromisso do seu governo era tirar do papel no menor espaço de tempo possível todos os projetos. “Vamos cuidar dia e noite dessas obras, para que nada atrapalhe o ritmo”, frisou o governador, que participou da reunião na companhia dos secretários João Bosco Almeida (Recursos Hídricos) e Humberto Costa (Cidades).

O PAC Saneamento é um conjunto de obras programado pelo Governo Federal com o objetivo de, ao mesmo tempo, gerar emprego e renda e investir na melhoria da qualidade de vida das populações mais pobres das cidades e capitais com mais de 150 mil habitantes do país.

Pela programação, são destinados recursos do Orçamento Geral da União (OGU) a fundo perdido, isto é, que não precisam ser devolvidos, e disponibilizados financiamentos pelo BNDES para obras de urbanização de favelas, construção ou recuperação de moradias e construção e ampliação de redes de saneamento básico.

Na reunião, a ministra enfatizou a decisão do governo de acelerar a execução das obras. “Queremos celeridade.

Os recursos serão liberados na hora da solicitação pelo estado”, acrescentou.

Será que agora vai?

Não é a primeira vez que essa pompa e circunstância foi usada, sem que Pernambuco tivesse, de fato, beneficiado do conjunto dos recursos.