O Brasil registrou uma queda de 6,3% na entrada de turistas estangeiros em 2006 - foram 5.018.991 contra 5.358.170, em 2005 -, O presidente Lula, falastrão como nenhum outro antes na história deste país, apressou-se em culpar a imprensa, por destacar a violência que ela não criou.
No entanto, é desmentido por técnicos do seu próprio governo.
No ano passado, a saída temporária da Varig do mercado teria sido o principal motivo para a redução no ingresso de turistas estrangeiros. “A Varig deixou de ofertar 1,2 milhão de assentos em vôos internacionais.
Até o final de 2006, foram criados apenas 722 mil novos lugares pelas demais companhias aéreas.
Ou seja, houve uma perda líquida de 480 mil assentos.
Se considerarmos que a cada quatro estrangeiros que vêm ao Brasil, três vêm por via aérea, isso se refletiu nos números”, explica José Francisco de Salles Lopes, diretor de Estudos e Pesquisas da Embratur.
Mesmo assim, o País fechou o ano com recorde histórico de gastos desses visitantes aqui.
O Banco Central contabilizou US$ 4,316 bilhões recebidos com a atividade, valor 11,77% superior aos US$ 3,861 bilhões registrados em 2005 - até então a melhor marca da série histórica.
Para a presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo), Jeanine Pires, o desempenho se justifica por conta da qualificação do turista estrangeiro que visita o Brasil. “É um visitante que apresenta um gasto mais elevado, permanece mais tempo no País e conhece mais destinos na mesma viagem”, comenta.