Da Folhapress Na festa junina na Granja do Torto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se queixou dos senadores Pedro Simon (RS) e Jarbas Vasconcelos (PE), que integram o partido aliado PMDB, mas que adotam posições hostis ao governo no Congresso.
Segundo relato de um dos participantes, a crítica ocorreu num dos raros momentos em que o assunto foi política no “Arraiá do Torto”.
Nas palavras de um ministro, Lula teria chamado ambos de “hipócritas” pelas críticas que fazem ao presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), aliado de Lula que vive crise.
O petista, porém, não teria feito defesa de Renan.
Sem a presença de congressistas, a versão 2007 do “Arraiá do Torto” teve clima bem mais familiar.
Ao lado da primeira-dama, Marisa Letícia, e dos filhos, Lula recebeu o vice-presidente José Alencar, 13 dos 37 ministros e poucos amigos, além de alguns assessores.
Como de costume, cada convidado - que deveria ir de traje típico – levou um prato típico.
O quentão e uísque, além do indispensável cachorro-quente, foram oferecidos pelos anfitriões da festa.
Seguindo o mesmo ritual desde 2003, pouco depois das 21h foi realizada a tradicional procissão.
A celebração foi comandada pelo chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.
Religioso, Carvalho puxou as orações de Pai Nosso e Ave Maria.
De camisa xadrez vermelha e branca, Lula se encarregou, como de praxe, de segurar o estandarte com as imagens dos santos Antônio, João e Pedro.
Os demais presentes seguravam velas brancas nas mãos.
Pouco depois das 22h, os convidados foram contemplados com uma queima de fogos de quatro minutos. À saída, receberam uma lembrancinha da primeira-dama.
Em poucas linhas, Marisa Letícia contou que as festas juninas sempre foram importantes para sua família e, por essa razão, ela conservava com prazer a tradição de festejar. “O presidente Lula e eu desejamos que a luz da fogueira junina acenda nos corações de todos os brasileiros a chama do amor”, dizia ainda a mensagem da primeira-dama.