Jornal A Tarde Geddel e o bispo-I Enfurecido com a posição do bispo de Barra, Dom Luiz Flávio Cappio, que disse em Cabrobó que “agora só resta o confronto”, o ministro Geddel Vieira Lima respondeu que “responsabilizará o padre pelo que vier acontecer”.

Vieira Lima já não o chama de bispo, ou de dom, mas, simplesmente, de Cappio.

Para o ministro, a linguagem do religioso é panfletária e envereda por um caminho perigoso ao pregar o confronto.

Alerta que a questão da transposição do Rio São Francisco é institucional e do Estado. “Tenho respeito pelas instituições democráticas, pelas entidades, pela minha Igreja, mas a Igreja, na qual eu fui batizado, não tem legitimidade para governar e decidir.

Quem governa é quem teve o voto e foi ungido pelo povo.

Quem governa é o presidente Lula, e não Cappio”.

Geddel e o bispo-II Ao invés do confronto, o ministro da Integração Nacional afirmou que ele prega o contraditório, “mas é preciso se pautar dentro da lei e dos parâmetros da democracia”.

Geddel Vieira Lima disse que se o bispo de Barra quiser agredi-lo, “eu respondo com o que pregou o cristo: ofereço a outra face”.

Reafirmando que responsabilizará o religioso por pregar o confronto, declara que não reconhece “no padre a figura que quer se assenhorear da vontade majoritária dos nordestinos”.

E conclui: “O governo fará a divisão dos que tem pouco (a água) como os que nada têm.

O governo quer a comunhão, o entendimento e realizar uma política preferencial pelos pobres”.