O governador Eduardo Campos resolveu comemorar o que considera redução no número de homicídios em junho.
Segundo Campos, o mês apresentou uma redução de 13,7% no número de mortes em relação a maio.
Dados da Secretaria de Defesa Social (SDS) divulgados nessa sexta (29) indicam que maio teve 379 homicídios, enquanto junho, até às 15h do dia 28, apresentou 327 mortes - o que não deve se alterar muito, de acordo com o governo, quando forem contabilizadas as ocorrências dos dias 29 e 30.
O problema é que, recentemente, a reportagem do Jornal do Commercio ouviu especialistas que criticaram este tipo de comparação.
Segundo eles, para efeito de estatística, o número de mortes no mês de junho de 2007, por exemplo, só poderia ser comparado com junho de 2006.
Maio e junho são consideradas épocas distintas do ano - ainda que muito próximas.
Por enquanto, nada tem ajudado a aliviar o sentimento geral de insegurança.
E os números prosseguem dignos de guerra civil.
No blog PEbodycount, a contagem de assasinatos ocorridos no Estado já chegou aos 657 corpos, desde primeiro de maio, quando a página entrou no ar.
De qualquer modo, o que importa é o governo continuar focado na meta que a própria gestão estabeleceu de conseguir uma redução de 12% no número de homicídios entre maio de 2007 e abril de 2008, em relação ao período anterior de 12 meses.
Só assim vai ser possível avaliar se o Pacto pela Vida está produzindo resultados.
A meta do governo é ambiciosa.
E, certamente, ninguém de bom senso está torcendo contra. (Com a Editoria de Cidades do JC)