Em uma mensagem dura às diferentes tendências dentro do PT, o prefeito do Recife João Paulo defendeu nesta sexta, durante entrevista à Rádio JC/ CBN, que a legenda construa internamente a “verdadeira unidade na política e na alma do partido”. “Não adianta você ter uma relação onde sempre pensa que o companheiro está conspirando.

Não está sendo leal.

E sempre tem uma conspiração por trás”, comentou, diante de novas especulações sobre resistências quanto à sua condução do processo sucessório. “O PT primeiro tem de se acertar, tem que construir esse diálogo franco, olhando nos olhos, numa atuação fraterna”, recomendou. “Depois, é conversar com os outros partidos e consolidar um proteo político”.

De qualquer modo, o prefeito continua insistindo que a discussão em torno de nomes só deve se dar a partir de janeiro - embora setores da esquerda reclamem de sua preferência pelo secretário de Planejamento e Orçamento Participativo, João da Costa, e pela secretária de Gestão Estratégica e Comunicação, Lygia Falcão. “É lógico que, como coordenador deste processo, inclusive reconhecido pelo PT e pelos partidos de esquerda, nós vamos escolher o nosso candidato, que representará, acima de tudo, nossas propostas políticas para dar continuidade à nossa gestão, a meu ver vitoriosa, que nós estamos levando ao longo destes sete anos à frente da prefeitura da cidade do Recife”, afirmou.

O prefeito disse não acreditar que possa haver uma quebra de unidadade na frente de esquerdas para as eleições municipais de 2008. “Mas se acontecer, faz parte do processo democrático”, avaliou. “Qualquer partido que discordar da posição do PT tem o direito livre de escolher as suas candidaturas”.