Por Ayrton Maciel Da Editoria de Política do Jornal do Commercio “Eu e João Paulo não estamos divididos em nada”.
A frase foi dita pelo governador Eduardo Campos (PSB), nesta sexta (29), depois de presidir a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social de Pernambuco, para realçar a relação política e de amizade com o prefeito do Recife, João Paulo (PT), reafirmar que o petista será o condutor do processo de sucessão na Prefeitura, em 2008, e que não tem restrição a nenhum dos nomes citados até agora, inclusive os preferidos pelo prefeito: João da Costa, secretário municipal de Planejamento participativo, e Lygia Falcão, secretária de Gestão Estratégica. “Não tenho conhecimento de insatisfação no PSB.
Minha relação com João Paulo é de amizade, de companheiro político, administrativa e de aliados do presidente Lula.
Somos amigos desde que ele estava no movimento sindical”, ressaltou.
O governador repetiu que a escolha do candidato das esquerdas será uma discussão para 2008 e que todos os partidos do campo popular terão a responsabilidade de construir a unidade em torno de um nome. “João Paulo tem capacidade política para conduzir o processo.
Ninguém se elege e reelege prefeito de uma capital como o Recife sem ter liderança e condições de aglutinação”, ressalvou.
Ele destacou que já teve divergência com o prefeito ao longo da trajetória política dos dois e que já estiveram em palanques diferentes, mas preservam até hoje a amizade.
O governador criticou a precipitação do debate sobre a sucessão municipal, argumentando que a população não quer saber de eleição agora. “As pessoas têm que deixar o prefeito trabalhar, têm que deixar o governador trabalhar.
Aquele que votou em mim não vai admitir que eu fique falando de eleição da 2008 agora”, disse.
Eduardo revelou que conversa praticamente todos os dias com o prefeito João Paulo e que abordam todos os assuntos, mas não confidenciou detalhes sobre o que falam sobre a sucessão. “Nós não temos censura de pauta”, dimensionou.