A renúncia do senador Sibá Machado (PT-AC) ao cargo de presidente do Conselho de Ética do Senado, ocorrida ontem à noite, pode provocar novo adiamento da votação do relatório contra o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobista.

As informações são do UOL.

A votação do relatório sobre o caso, que propõe o arquivamento da representação contra Renan, feita pelo P-SOL, seria hoje à tarde, mas agora depende do vice-presidente do conselho, Adelmir Santana (DEM-DF), e dos líderes dos partidos.

A saída de Sibá é a terceira baixa que o caso Renan provoca no Senado.

O primeiro relator, Epitácio Cafeteira (PTB-MA), defensor do arquivamento, afastou-se alegando problemas de saúde, depois que uma reportagem da TV Globo mostrou que algumas notas fiscais apresentadas pelo presidente do Senado eram falsas.

O segundo relator, Wellington Salgado (PMDB-MG), também da tropa de choque de Renan, só agüentou 24 horas no cargo.

Agora até o presidente do conselho pediu para sair.

Sibá estava sendo pressionado por aliados de Renan e pelo Palácio do Planalto para abrir mão do cargo como estratégia para retardar as investigações sobre o presidente do Senado.