Na última hora, o deputado federal Inocêncio Oliveira (PR) cancelou a viagem que faria nesta quarta (26), de Brasília para o Recife, onde participaria de um almoço em homenagem ao primo e secretário de Transportes do Estado, Sebastião Oliveira (também do PR), com quem estava brigado por razões ainda não muito bem explicadas.
Inocêncio justificou que iria ficar em Brasília por conta da pauta de votações da Câmara, lotada pelas propostas relativas à reforma política.
Mesmo assim, ele mandou a família para o almoço, que foi organizado pelo Caxangá Ágape, no restaurante Boi Preto, no Pina.
Prestigiaram o encontro sua mulher Anelisa e as filhas Shirley e Sheyla.
Shirley foi encarregada de ler o discurso de saudação a Sebastião Oliveira, marcado pela biografia do secretário e cheio de elogios a sua trajetória como médico e político. “Sebastião Oliveira é uma das expressões mais promissoras dessa linhagem política (a formada pela família de Inocêncio)”, disse a prima. “De formação acadêmica médica, revela-se a cada dia um executivo com sensibilidade política e um líder de equipe.
E já apresenta os resultados de um admirável trabalho na sua área”, afirmou “Em nome de papai, em meu nome pessoal, dos amigos, da família e de todo o Partido da República (PR), transmito um forte abraço ao primo e amigo”, conclui.
O almoço foi prestigiado por cerca de 300 pessoas.
Entre elas, o diretor geral de Operações da PM, coronel Meira, e vários deputados governistas e da oposição, como Ségio Leite (PT), Isaltino Nawscimento (PT), Izaias Régis (PTB), Antônio Moraes (PSDB), Raimundo Pimentel (PSDB), Cleiton Collins (PSC), Romário Dias (DEM) e Lourival Simões (PR).
Em entrevista ao colunista Inaldo Sampaio, publicada nesta quarta (26), no Jornal do Commercio, Inocêncio informou que o episódio está superado.
Segundo ele, a querela com o primo foi motivada porque Sebastião Oliveira teria começado a alimentar nas bases da família o nome de Inocêncio para o Senado, o que abriria espaço para o próprio secretário se candidatar à Câmara Federal em 2010.
Inocêncio, que diz ter a vocação da Câmara, não gostou da manobra. “Me espelho no exemplo de Ulisses Guimarães”, contou na entrevista ao JC. “Ele dizia que senador é um deputado federal de luxo.
Passa oito anos em Brasília e quando quer voltar não tem mais as bases”.
Essa novela ainda promete.
Daqui a pouco, as justificativas do primo Sebastião.