Em assembléia geral que acabou se ser realizada no auditório do Hospital da Restauração, o Sindicato dos Médicos de Pernambuco, a categoria aceitou o pedido do governador Eduardo Campos para apresentar uma contraproposta, no dia 09 de julho, que evite a realização de uma greve por parte da categoria.
Já no dia 10 de julho haverá uma nova assembléia, para analisar a greve, a depender da proposta.
A data coincide com o fechamento, pelo governo do Estado, de um novo acordo com a Secretaria do Tesouro Nacional, espécie de FMI nacional, por meio de Plano de Ajuste Fiscal (PAF).
Só depois do compromisso com dívidas e juros seria possível saber quanto gastar com outras despesas correntes.
A categoria ameaça entregar os cargos de chefia e pedir demissão em massa, caso o governo não atenda as reivindicações da campanha salarial.
A pauta foi encaminhada, no fim de maio, ao governo, sem resposta.
Os profissionais exigem 40,3% de reajuste no salário-base, que passaria de R$ 1.540 para R$ 2.161, gratificações de 50% para plantonistas e de 20% a 50% de interiorização, além da incorporação ao vencimento do percentual de insalubridade, fixado em 20%.
O presidente do sindicato, Mário Fernando Lins, disse que o governo parece estar sensibilizado.
No entanto, os professores aprovaram na Assembléia a realização de uma campanha publicitária, como trunfo para o caso de naufrágio.
Elas vão cobrar promessas de campanha do candidato Eduardo Campos de valorização da área de saúde.
Estão previstas peças para out-door, out-bus, TV e jornais.
Em tempos de internet, os médicos aprovaram ainda a criação de um mail para recebimento de denúncias das condições de trabalho (denuncia@simepe.org.br) para divulgação posterior na mídia.
Outra novidade impactante, para a população, é a criação de um placar, com a indicação das condições de trabalho em cada unidade hospitalar.
De zero a três pontos, a situação será classificada como péssima, indicando ser melhor ir direto para o cemitério, para economizar sofrimento.
Cerca de 130 médicos tomaram parte da assembléia.
Na próxima, querem pelo menos dobrar o número de adesões, para mostrar mais força.