Em entrevista a Mário Neto, da Rádio JC/ CBN, nesta terça (26), o ex-presidente da Infraero e deputado federal Carlos Wilson (PT) foi enfático na análise da crise aérea que se instalou no país a partir do impasse com os controladores de vôo. “Faltou comando.

Faltou autoridade”, afirmou. “Fui presidente da Infraero por 3 anos e 3 meses (no primeiro mandato do presidente Lula) e nunca ouvi falar em motim de controladores”, disse.

Para ele, a crise se instalou porque as pessoas que tiveram responsabilidade no acidente entre o avião da Gol e o jato Legacy no ano passado procuraram se eximir de qualquer participação.

Carlos Wilson não acredita, por exemplo, que haja defeitos nos equipamentos de controle de vôo no Brasil, ao contrário do que alegam os controladores.

Também criticou o envolvimento do Ministro da Defesa, Waldir Pires, na tentativa de resulução da crise do tráfego aéreo.

Ele entende que este é um assunto afeto à Aeronáutica e, como tal, deveria ser resolvido unicamente por ela. “Bastou uma enquadrada do Brigadeiro (Juniti) Saito, comandante da Aeronáutica, há 3 dias, e tudo voltou à normalidade”, bateu, referindo-se às medidas tomadas pelo governo para contornar os problemas de tráfego aéreo da semana passada.

Carlos Wilson vai prestar depoimento à CPI do Apagão Aéreo, na Câmara dos Deputados, na próxima quinta (28).

Além da crise aérea, também vai falar sobre a sua passagem à frente da Infraero. “Vou mostrar o trabalho sério que foi feito nos três anos e três meses em que fui presidente”, contou.