O secretário de Administração da Prefeitura da Cidade do Recife, Fernando Nunes, revelou agora há pouco ao Blog de Jamildo que a administração municipal está planejando resolver o elevado grau de endividamento dos servidores municipais, com empréstimos consignados, por meio dos bancos públicos.
Na sexta-feira, revelamos aqui em primeira mão que a PCR estava restringindo a atuação dos bancos na concessão de créditos, a partir de denúncia do Sindicato dos Servidores Municipais.
Ele não usou a expressão, mas a intenção é tirar a corda do pescoço dos servidores. É que a concessão virou um problema para a PCR.
Hoje, cerca de 60% dos servidores estão com papagaios nestes bancos.
São cerca de 16 mil pessoas, em um universo de 22 mil servidores ativos. “Quando estão muito endividadas, as empresas fazem uma consolidação.
Vamos fazer o mesmo com os servidores, dando aos bancos oficiais a possibilidade de comprarem a dívida dos servidores e alongando a dívida.
A operação não será boa apenas para os bancos, mas principalmente para os servidores, que poderão ter taxas mais baixas.
Nós queremos que essa facilidade seja uma comodidade para o servidor e não uma aflição”, comparou.
Hoje, 24 bancos oferecem crédito consignado.
A intenção é restrigir a atuação para apenas três.
Fernando Nunes disse que a preferência será da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, mais um banco privado, de linha. “Esses bancos estão fazendo um verdadeiro mercado persa aqui na PCR.
Eles sabem os servidores que tem margem para consignação e ficam empurrando os empréstimos.
Precisamos ser mais seletivos.
Precisamos acabar com essa ganância dos bancos atuais.
Eles não permitem que as pessoas fiquem sem dever.
Só queremos permitir bancos com capilaridade, com agências, para oferecer comodidade aos servidores.
Nos novos empréstimos, vamos lutar para que as taxas fiquem em torno de 2% ao mês.
Hoje, chegam a até 4% ao mês”, compara.
Com a restrição, a PCR também planeja evitar o acesso dos bancos privados ao banco de dados da PCR. “Na situação atual, alguns bancos estão sublocando a contratação com corretores e isto acaba encarecendo a taxa final para os servidores.
Com menos bancos, haverá menos oferta e menos demanda”, acredita.
Para a representação dos servidores, o consignado faz sucesso porque há uma grande defasagem salarial para o funcionalismo.