Por Roberta Soares Especial para o Blog de Jamildo A audiência realizada nesta segunda-feira pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) para divulgar o modelo da licitação pública da nova bilhetagem dos ônibus, deixou claro que a população terá que esperar, no mínimo, seis meses para ver o processo engatar.
Embora tenha contado com a participação de empresários de outros Estados, usuários, estudantes e operadores, que lotaram o auditório do órgão, o conteúdo técnico apresentado foi considerado insuficiente para permitir uma análise do modelo que será exigido.
Para os usuários de ônibus, entretanto, houve ganhos porque o presidente da EMTU, Dilson Peixoto, garantiu em público que os custos da mudança não serão repassados para a tarifa.
A licitação pública será dividida em duas concorrências: uma para a tecnologia (software) e outra para os cartões eletrônicos.
Já os validadores (equipamentos instalados nos ônibus para fazer a leitura dos cartões eletrônicos) e a tecnologia de comunicação (que permite a leitura dos dados dos coletivos para a central do sistema) será contratado diretamente pelos empresários do setor.
Assim, a EMTU espera evitar que o controle da bilhetagem fique nas mãos de um único grupo, como aconteceu até agora. À frente da divulgação, Dilson Peixoto explicou que os cartões eletrônicos não serão iguais aos que estão em circulação.
Serão sem contato, ou seja, não precisarão ser introduzidos nos validadores, apenas aproximados, e terão um custo unitário de US$ 0,80 (R$ 1,60, atualmente).
O modelo com contato custa, hoje em dia, cerca de R$ 17. (Nota do blogueiro: ocorre que já foram pagos e não precisariam, a rigor, serem substituídos).
Os empresários que participaram da audiência, interessados em disputar a licitação, preferiram aguardar um maior detalhamento para emitir opinião. “Licitar o conjunto ou dividir é uma decisão comercial.
A explanação sobre o novo modelo foi pequena, não permitindo conhecer maiores detalhes da licitação.
Por isso, vamos aguardar o edital para poder fazer uma análise”, afirmou Marco Antônio Tonussi, diretor comercial da mineira Tacom Engenharia, que há nove anos é a empresa fornecedora da bilhetagem do Grande Recife.
Até a próxima segunda-feira, a EMTU estará disponibilizando o email audienciapublica@emtu.pe.gov.br para que a população possa fazer sugestões, críticas ou tirar dúvidas sobre a proposta da licitação.
Depois, o edital da concorrência será encaminhado à Procuradoria Geral do Estado (PGE) e ao Tribunal de Contas (TCE) para ser validado.
Só assim terá início a licitação.