A coluna Painel, da Folha de S.Paulo, diz hoje que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acusado de ter despesas pessoais pagas por um lobistas, só continua no cargo por que não há acordo com relação ao um nome para o seu lugar.

A coluna diz que PMDB, PT, DEM e PSDB querem o cargo: José Sarney (PMDB-AP) diz que não quer, mas aceitaria.

O PT teria dificuldades para impor um nome por já comandar a Câmara.

O DEM, que não tem maioria, também enfrentaria resistência.

Já o PSDB teria que entrar em acordo com o PMDB e/ou PT.

Por outro lado, presidente do Conselho de Ética não consegue achar um relator para o caso Renan.

O primeiro relator, Epitácio Cafeteria (PTB-MA), que queria a absolvição imediata do presidente da Casa, afastou-se alegando problemas de saúde.

O mesmo propôs o segundo relator, Wellington Salgado (PMDB-MG).

Não agüentou um dia.

O líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO), colocou-se à disposição para relatar o caso, mas como é suplente no conselho, teria antes que se tornar titular para ocupar o posto.

E o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) também ofereceu-se.

Só que apesar de Suplicy integrar a base aliada do governo, no Conselho de Ética ele não é tropa de choque de Renan.

O petista defende mais investigações sobre o presidente do Senado depois que a Polícia Federal achou indícios de irregularidades na prestação de contas da movimentação financeira de Renan.

Por isso, Sibá Machado aparentemente ignorou o oferecimento.