As ciências sociais amanheceram de luto hoje.
Morreu esta madrugada o acadêmico e escritor Manoel Correia de Andrade, uma das referências nacionais no ensino da geografia, professor de várias gerações na Universidade Federal de Pernambuco e pequisador da Fundação Joaquim Nabuco.
Manoel Correia tinha 84 anos (completaria 85 em agosto) e faleceu à meia-noite e meia, de parada cardiorrespiratória.
Ele sofria de problemas do coração há cerca de 25 anos.
Com sólida formação acadêmica, diplomado na Universidade do Brasil (hoje Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Universidade de Paris, foi coordenador dos cursos de Mestrado em Economia e em Geografia da UFPE e diretor do Centro de Estudos de História Brasileira (Cehibra), da Fundação Joaquim Nabuco.
Publicou diversos livros, muitos decisivos na compreensão histórica e geográfica do Brasil.
Entre suas obras destacam-se A terra e o homem no Nordeste, traduzida e editada nos Estados Unidos; Formação territorial e econômica do Brasil; Geografia econômica do Nordeste; Geografia e sociedade; Espaço, polarização e desenvolvimento; Atlas Geográfico de Pernambuco; Pernambuco, cinco séculos de colonização, entre muitos outros títulos.
De produção fértil, o acadêmico permanecia em plena atividade intelectual.
Era um dos mais fiéis colaboradores do Jornal do Commercio.
Escrevia para a página de Opinião todos os domingos, há mais de 12 anos.
O JC publicará suas últimas contribuições nos dias 24/06 e 1º/07.
O velório será realizado na Academia Pernambucana de Letras, da qual Manoel Correia era membro, e o sepultamento está marcado para as 16h, no Cemitério Parque das Flores.