Mesmo sem apresentar provas, o diretor da ONG Ilumina, formada por ex-engenheiros da estatal Chesf, Antônio Feijó, colocou sob suspeita a privatização da estatal, no governo Jarbas Vasconcelos. “Quem acredita em Papai Noel, acredita em leilão e em concorrência.
Eu não acredito”, filosofou o engenheiro, sem dizer mais em que acredita. “Fizeram um leilão do qual participou um único concorrente, que teve prévio entendimento com o principal gestor do processo e pagou o preço mínimo.
O presidente da Celpe na época, tão logo foi feita a privatização, passou para o outro lado do balcão e continuou sendo diretor da empresa”, afirmou, lançando suspeitas de troca de favores, sem provas.
Feijó foi além e defendeu o ex-governador Miguel Arraes, que tentou vender a estatal, mesmo apresentando-se sempre como um estatista histórico. “Não estou defendendo o dr.
Miguel Arraes, mas o governo FHC pressionou muito o Estado (para vender) a ponto de ele ficar sem saída e ter que privatizar”, declarou.
A privatização acabou sendo feita em 2001, no governo Jarbas.
Pode ser cedo para afirmar, mas o circo armado na Assembléia, pelos primeiros movimentos, parece ter como único objetivo reestatizar a empresa, numa vingança pessoal dos socialistas contra os jarbistas, depois que este barrou a venda da estatal, por Arraes, e promoveu-a na seqüência.