A Central Ùnica dos Trabalhadores – CUT-PE – considera inaceitável a decisão do Governo Federal de conceder reajuste salarial de até 139,75% para cargos comissionados.

Ao todo, a MP reajusta os salários de 21.563 funcionários em cargos de comissão.

O aumento salarial, retroativo a 1º de junho, varia de acordo com a faixa de comissionamento: de 30,57% a 139,75% Para os servidores ocupam cargos de comissionamento de nível DAS-3, cujos salários passam de R$ 1.575 para R$ 3.77.

Esse percentual de aumento, que atinge 3.588 servidores, está previsto na MP (medida provisória) 375, publicada no “Diário Oficial” da União de segunda-feira, dia 18.

Para os cargos DAS-4, os salários vão passar de de R$ 4.898 para R$ 6.396 —um aumento de 30,57% para 2.886 servidores.

Para os 943 servidores que ocupam os cargos comissionados cargos DAS-5, o reajuste foi de 32,01% —o que eleva a remuneração mensal R$ 6.363 para R$ 8.400.

A MP eleva em 79,38% os salários dos servidores comissionados de nível DAS-2, cujos salários passarão de R$ 1.403 para R$ 2.518.

O uumento, nessa faixa, atinge 5.366 servidores.

Para os cargos comissionados chamados de DAS-6, o.. aumento será de 37,93%, elevando os ganhos mensais de R$ 7.575 para R$ 10.448.

Nessa faixa há 193 servidores nessa faixa —que engloba os secretários da Presidência da República.

O movimento sindical cutista afirma que trata-se de um atitude descabida e inconsequente do Ministério do Planejamento, uma vez que esses os servidores ocupam cargos de comissão de nível DAS-3, cujos salários passam de R$ 1.575 para R$ 3.777.

O presidente da CUT-PE discorda dessa “política de privilégios”, em detrimento da grande maioria que atua no Serviço Público Federal e percebe salários aviltantes. “ Nós defendemos a necessidade do Governo Federal melhorar as condições de trabalho e valorizar o servidor com salários dignos, capacitação e, sobretudo, na realização de concurso público.

Isso é fundamental” acentua o sindicalista.

Ele lembra que a concessão desse reajuste vai trazer um impacto para os cofres públicos de R$ 277 milhões.

Para 2008, o impacto será da ordem de R$ 475,6 milhões. “Asseguramos que a pressão dos trabalhadores, dos movimentos sociais e da sociedade civil organizada vai continuar firme e forte, contrária a esse tipo de política que visa apenas desvalorizar o trabalho dos servidores públicos federais “ declarou o presidente da CUT-PE, Sérgio Goiana.