Assustada com os índices de violência em Pernambuco e no Brasil, a jornalista norte-americana e vencedora do Prêmio Pulitzer Barbara Walsh também se surpreendeu ao saber das restrições enfrentadas pela imprensa brasileira no que diz respeito à publicação de nomes e fotos de menores infratores ou mesmo em situação de extrema pobreza. “A lei tem que mudar”, disse, comentando a legislação brasileira sobre o assunto. “As pessoas precisam saber, de fato, quem são estas crianças, como vivem.

Você tem de contar as histórias com nomes, rostos.

Esconder não protege os menores.

Protege o governo que mantém isso em segredo”, avaliou.

Dona de diversos prêmios em sua carreira jornalística de 25 anos, Barbara Walsh se destacou com reportagens sobre pobreza, violência doméstica e alcoolismo, entre outros temas.

Inclusive com a realização de especiais que mostravam crianças e adolescentes pobres, vivendo em situações de risco.

Para ela, uma reportagem jornalística é como um livro ou um filme.

Tem que apresentar personagens com os quais os leitores possam se identificar e, a partir dessas histórias, produzir mudanças no sentido de construir uma sociedade melhor.