O secretário de Turismo do Estado, José Chaves, do PTB, afirmou hoje pela manhã, em audiência na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembléia Legislativa, que vai retirar os presídios de Itamacará já sabe como. “Vou retirar os presídios porque é um sonho da população de Itamaracá.

Com essa iniciativa, nós acreditamos que o Litoral Norte, injustiçado e esquecido, voltará a crescer, como Olinda.

A ilha vai duplicar o seu potencial de atração e estourar”, prometeu.

A forma encontrada já é conhecida: o governo do Estado planeja fazer uma licitação do terreno de 1,5 mil hectares para a construção de hotéis.

O grupo construtor que vencer a licitação e receber o direito de exploração terá que construir, em contrapartida, os presídios novos.

Até maiores do que os atuais.

Chaves disse que hoje são 4 mil vagas e pode-se exigir algo como seis a sete mil vagas. “Já montamos uma comissão para cuidar disto e só não tiramos do papel ainda porque a burocracia é muito grande no país.

Os terrenos são do Estado, mas não há registro em cartório, nem levantamento topográfico.

Não podemos soltar edital de concorrência antes destas providências”, explicou, antes de prever que o lançamento do certame poderia ser feito até o final do ano.

O custo de um novo presídio foi estimado pelo secretário em cerca de R$ 40 milhões, mas o valor não é definitivo. “Com mais seis meses, após reavaliarmos os números de João Braga, podemos ter um número defintivo”.

Muito empolgado, ao final de sua explanação, José Chaves disse que a proposta do turismo era a melhor forma de combater a pobreza, em áreas como Igarassu e até Abreu e Lima.

Chaves prometeu a duplicação de BRs de acesso, de modo a facilitar a chegada dos turistas.

Não estimou prazo.

Na audiência, ele fez questão de explicar que o projeto foi apresentado pelo governo passado, mas não haveria resistência por conta disto. “Não podemos ficar olhando pelo retrovisor”, opinou.

José Chaves também disse que não há uma definição sobre o local para onde serão transferidos os presídios.

No caso, como a maior parte da comunidade carcerária é da própria RMR, a tendência é manter os presídios na própria RMR, para não prejudicar as famílias.

O assunto também está sendo discutido pelo secretário de Desenvolvimento Social, Roldão Joaquim.