O deputado federal Sílvio Costa, do PMN, suplente de José Chaves, do PTB, pode colocar as barbas de molho.
Em audiência pública hoje pela manhã, na Comissão de Desenvolvimento Econômico, o secretário de Turismo manifestou o desejo de voltar para Brasília, em busca de verbas.
O tom foi de ameaça. “Tenho que combinar com o governador.
Não levei este assunto a ele.
Posso deixar meu ajunto no cargo (Ernesto Albuquerque, do PTB também) e trabalhar todos os dias em Brasília.
Hoje, não está fluindo (a ajuda do governo Federal).
O meu mandato está a serviço do turismo.
Como político, com mandato, tenho o voto”, explicou. “Se ele (Eduardo Campos) aprovar, reassumo o mandato, para trabalhar dia e noite pelo turismo.
Se for necessário, eu reassumo, por dois, três, cinco meses”, repetiu. “Eu estou convencido de que a saída é Brasília.
Nós não temos recursos, o estado não tem recursos.
Não temos mais a Celpe, o dinheiro foi usado em BR e em água.
Hoje, a situação é de receita e despesa equilibrada”, justificou.
E Sílvio Costa, como fica? “Sílvio Costa tem um elevado espírito público e entenderia”.
No final do evento, entretanto, José Chaves deu um sinal dúbio. “Meu desejo é ficar como secretário quatro anos.
Quatro anos, não.
Quatro e depois mais quatro”, sugerindo a reeleição de Eduardo Campos.