O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) deixou de lado, nesta quarta (20), sua estratégia de evitar as polêmicas na política local.

Em entrevista à Rádio JC/ CBN, fez duras críticas à CPI da Celpe, instalada na Assembléia Legislativa.

Com adjetivos como “farsa” e “fraude”, o ex-governador colocou em dúvida a isenção nas investigações com uma comissão dominada por deputados governistas.

Jarbas comparou a CPI ao Conselho de Ética do Senado, que investiga a origem dos R$ 12 mil de pensão alimentícia pagos pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), à jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha. “A CPI é um instrumento sério, mas quando se envereda por uma farsa de querer fazer uma maioria governista é a mesma coisa daqui, do Conselho (de Ética): quem está apurando as denúncias contra Renan Calheiros são todas pessoas ligadas às direções partidárias e ligadas a ele”, advertiu.

As críticas do ex-governador irritaram os integrantes da CPI da Celpe, todos governistas. “Jarbas foi o autor da privatização da Celpe, um ato que não levou em conta a opinião da população que utiliza os serviços da empresa.

Agora, é preciso saber a serviço de quem o ex-governador está ao criticar a CPI, se é da população ou da Celpe”, atacou o líder do governo, Isaltino Nascimento (PT), que integra a comissão. “Aqui não há farsa.

O que há é a população sendo explorada, humilhada por uma empresa privatizada durante a gestão Jarbas.

A Assembléia merece respeito”, afirmou o presidente da CPI Sérgio Leite. (Com a Editoria de Política do Jornal do Commercio)