Deputados federais de vários partidos tomaram decisões que atingem diretamente a Gautama, empreiteira que concentrava um esquema de fraudes em licitações de obras públicas desmontado pela Polícia Federal com a Operação Navalha.
Depois de protocolarem na Mesa Diretora do Senado o requerimento de instalação da CPI da Navalha, retiraram de uma medida provisória a destinação de R$ 5 milhões para obras de ampliação do aeroporto internacional de Macapá (AP), tocadas pela Gautama.
A aplicação dos R$ 5 milhões estava prevista em projeto de crédito extraordinário que destinava R$ 420, 5 milhões para os ministérios dos Transportes e da Defesa.
A Câmara liberou os recursos por meio de medida provisória, mas acatou emenda do deputado Raul Jungmann (PPS-PE) propondo a retirada da verba destinada à Gautama.
Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou sobrepreço, subcontratação, restrição indevida de participantes, indícios de conluio e direcionamento entre licitantes pré-qualificados na concorrência para o aeroporto do Amapá.