O jornalista Rony Curvelo, um dos produtores da versão brasileira do reality show The Amazing Race - que no Brasil se chamará “Corrida Milionária” e será exibido a partir de outubro pela Rede TV, nas noites de domingo, a partir das 22h - disse há pouco que se sentiu agredido pelo secretário de imprensa do Estado, Evaldo Costa, por conta da matéria publicada pelo Blog nessa segunda (18), em que o governo justifica o fato de não ter patrocinado o projeto (leia aqui). “Espero que Evaldo acomode nos seus aconchegos a agressão que fez à minha pessoa”, bateu Curvelo, sem explicar exatamente o que queria dizer com a afirmação.

Curvelo informou ao Blog que a produção pediu à Secretaria de Turismo do Estado, e depois à Empetur, uma verba de patrocínio no valor de R$ 250 mil para dois dos programas da série, que seriam inteiramente passados em Pernambuco.

Também solicitou hospedagem, em junho, por sete noites, para o diretor-geral do programa; acomodação, em agosto, por 3 dias, para 72 pessoas; 4 horas de helicóptero para tomadas aéreas; 5 veículos tipo furgão para transporte de equipamentos e autorização da infraero para filmagem no aeroporto.

Segundo ele, quando o governo negou o patrocínio, Curvelo pediu uma equipe de quatro policiais à paisana para acompanhar a equipe de produção no Estado. “Cada uma das 11 duplas que disputam o meio milhão de reais do prêmio são acompanhadas por um cinegrafista e um engenheiro de som.

Os policiais garantiriam a segurança das pessoas e do equipamento.

O Estado não é seguro”, insistiu.

A assessoria da Empetur disse que a produção do programa nada falou sobre segurança e enviou ao Blog um fax com a proposta encaminhada pela Hispaniola.

Na tarde desta terça, o secretário de Imprensa do Estado, Evaldo Costa, evitou prolongar a polêmica com Curvelo. “O projeto da Hispaniola sequer foi examinado no mérito porque o governo ainda está conduzindo processo licitatório para contratação de agência de propaganda.

Quem sabe em outro momento a idéia possa ser considerada”, disse.

Diante da negativa do governo, a Hispaniola não mais filmará em Pernambuco.

Curvelo, que já foi assessor de imprensa de Fernando Collor, lamenta que não tenha se entendido com o governo do Estado. “Concorri a uma vaga de deputado pelo PTC (Partido Trabalhista Cristão) em 2006 e votei em Eduardo”.