A surpresa de ter despontado como nome forte à sucessão do prefeito João Paulo em pesquisa do Instituto Plural, publicada nesse sábado (16) pelo Blog, fortaleceu no deputado estaual Sílvio Costa Filho (PMN) o sonho de governar o Recife. “Entrei na vida pública porque gosto de fazer política e para tentar construir no futuro, não sei se próximo ou mais adiante, um projeto majoritário”, disse ao Blog na tarde deste domingo (17). “A pesquisa mostrou que minha candidatura é viável”.

Evidentemente feliz com os resultados do levantamento, realizado em abril entre 800 eleitores do município por encomenda de amigos do deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (PMDB), Silvio Costa Filho (PMN) avalia que o estudo é uma referência importante na definição do quadro sucessório. “As candidaturas começam a se construir a partir de pesquisas. É através delas que avaliamos a rejeição aos nomes e a viabilidade de cada um”, diz.

Diante do quadro exposto pelos primeiros números sobre a corrida sucessório para 2008, o deputado faz uma cobrança às lideranças que coordenam o processo no arco de forças das chamadas esquerdas. “Tem o candidato do prefeito João Paulo?

Tem.

Mas tem também outros nomes e bem colocados.

Como é que fica?”, questiona. “Essa questão da candidatura única (das esquerdas) não está definida porque ninguém sabe se o PT vai se entender”, dispara.

Neste sentido, ele se aproxima da posição do vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PdoB), para quem as forças de esquerda não podem ficar esperando por tempo indeterminado a definição de um nome do PT que possa representar a união. “Se existe uma pessoa correta, é Luciano”, afirma o deputado. “E se ele, que vem de uma relação de governo de 7 anos com o prefeito João Paulo, tem este sentimento, fica claro que essa posição pode se refletir no processo com o surgimento de outras possíveis candidaturas”.

Para Sílvio Costa Filho, não há dúvidas sobre o papel do prefeito João Paulo como coordenador da sua própria sucessão.

Mas lembra que o governador Eduardo Campos (PSB) e o presidente estadual do PTB, deputado federal Armando Monterio Neto, têm que ser ouvidos no processo. “No momento em que os números começam a sair, o prefeito, o governador, Armando, passam a analisar quem são os nomes que têm densidade e podem construir uma candidatura”, avalia, sem medo de ser feliz.

De qualquer modo, o deputado diz continuar defendendo a unidade no campo de forças que dão sustentação ao prefeito João Paulo e ao governador Eduardo Campos. “Meu principal objetivo hoje é, como deputado, ajudar o governador a fazer com que o governo dê certo.

Não sou de avançar sinais, mas no momento oportuno vou me posicionar sobre o processo eleitoral”, adianta.

Para ele, a partir de agosto “as coisas começam a acontecer em relação às eleições”.