Por Giovanni Sandes As construtoras pernambucanas querem abocanhar um pedaço das obras da adutora de Pirapama, avaliada em R$ 407 milhões.
E já questionam o formato do processo licitatório – que ainda nem foi iniciado.
Em audiência pública promovida pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para a apresentação do projeto, o presidente da Associação das Empresas de Obras Públicas do Estado, Marcos Roberto de Oliveira Cavalcanti, afirmou que, pela proposta do edital, que prevê a formação de consórcios para a concorrência, a licitação vai favorecer grandes empresas de fora de Pernambuco.
Serão 64 quilômetros de tubulações: 22 km da adutora mais 42 da rede de distribuição na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Eles poderiam deixar 30% das obras para empresas no Estado.
Isso não é difícil, bastaria fracionar a obra em lotes menores, sem precisar dar as obras para as maiores empresas”, detonou.
A Compesa nega a possibilidade de fracionar as obras.
O diretor de Gestão Corporativa da Compesa, Roberto Tavares, diz que não há previsão legal para reservar obras a empresas de determinado local.
O diretor de Engenharia e Meio Ambiente da estatal, Luiz Moura, reforça a argumentação.
Segundo ele, a Companhia já teve más experiências ao fracionar obras de porte elevado.
Em sua opinião, fica mais fácil atribuir e cobrar responsabilidades concentrando a execução do projeto.