Nota de repúdio à declaração da deputada Terezinha Nunes Greve contra a Educação?

Por parte de quem?

Não ficou bem esclarecido, para os Trabalhadores em Educação, a tentativa da deputada Terezinha Nunes de promover uma aula de sindicalismo.

Após a leitura do seu texto ficamos com algumas dúvidas: 1.

Por que a preocupação com os nossos estudantes só no momento da greve? 2.

Por que, quando era secretária de Estado, não contribuiu para evitar os desabamentos dos tetos das escolas públicas da rede estadual e o sucateamento do espaço escolar? 3.

Por que não trabalhou para evitar que, nos últimos oito anos, os trabalhadores em Educação passassem a receber o pior salário do Brasil e sofressem com a ausência de uma política de formação continuada? 4.

Deputada, o que fazem os pais e as mães das nossas crianças e jovens que, SEM GREVE, não têm acesso à escola, por passar até cinco anos em reforma, faltando bancas escolares (com turmas em rodízio de aulas), com falta de professores de diversas disciplinas e muitas escolas funcionado de forma precária?

Só sofrem no período da Greve?

Deputada Terezinha Nunes, antes de pretender ensinar aos sindicalistas a fazerem mobilizações, sugerimos que cumpra a sua parte social, exigindo junto com a Comunidade Escolar (porque nós profissionais da educação, em greve, temos o apoio dos pais, das mães e dos nossos estudantes), uma Escola Pública com Qualidade Social todos os dias do ano, para toda população pernambucana, ao invés de se juntar as vozes que desejam camuflar o sofrimento diário do nosso povo.

Assina a nota a direção do SINTEPE Veja, abaixo, a nota da deputada estadual Terezinha Nunes: Greve contra a educação Está terminando uma greve na rede pública municipal do Recife e se inicia uma greve na rede pública estadual.

Na Assembléia sucedem-se os discursos dos deputados do PT de apoio aos grevistas.

Tudo bem, fazem parte da bancada sindicalista.

O que dizer, porém, dos alunos, que nada têm com a greve e são condenados a ficar sem aulas?

O que dizer dos pais, das mães, sobretudo, que são obrigadas, enquanto os professores estão em greve, a encontrar um local para deixar os filhos antes de ir para o trabalho ou – o que pior – entregá-los ao “Deus dará”, ou seja, às ruas dos bairros onde moram e que são, comumente, más conselheiras?

Já é tempo de os professores encontrarem uma outra forma de reivindicação que não seja a paralisação.

Se não vai chegar o momento em que os pais e alunos vão também fazer passeata para reivindicar o retorno dos mestres às escolas.

Porque da forma em que está só quem perde com essas greves são os alunos e a já combalida educação brasileira.

Os professores, quando muito, só se arriscam a receber os salários com atraso.

Nada mais.