O ex-secretário-executivo de Saúde dos governos Jarbas/Mendonça, Caio Melo, divulgou agora há pouco uma nota oficial sobre a suspensão da licitação na Saúde, anunciada hoje pelo secretário de Administração.

No texto, rebate qualquer irregularidade e denuncia interesse político, com a criação de factóides políticos para desviar a atenção.

Não há palavra sobre recomendação do TCE, para suspensão, ainda em fevereiro deste ano.

NOTA AOS PERNAMBUCANOS 1 - É lamentável que o atual Governo ainda permaneça em cima do palanque eleitoral, ao invés de trabalhar para cumprir as suas promessas de campanha na área de saúde como a construção de três hospitais na Região Metropolitana; 2 – Estranho que o secretário de Administração, Paulo Câmara, tenha passado seis meses para suspender um processo de licitação para contratação de serviços de limpeza, conservação, higienização e desinfecção dos hospitais públicos, enquanto o atual Governo continua pagando, sem contrato, os mesmos valores às mesmas empresas que prestavam serviço na gestão passada; 3 – O processo de licitação obedeceu a todas as exigências legais e, ao contrário do que afirma o secretário Paulo Câmara, foi iniciado no início de 2006 e a sua formatação foi acompanhada pela Procuradoria Geral do Estado; 4 – Como é do conhecimento dos pernambucanos, os Governos Jarbas/Mendonça ampliaram e reformaram a rede hospitalar.

Em 2006, foram inaugurados cerca de 100 leitos de UTI, o que demandou a prestação de serviços hospitalares.

O processo de licitação tinha caráter estimativo em relação a quantitativo de pessoal e valores, para evitar a realização de aditivo a cada inauguração de novos leitos; 5 – É claro o caráter político que a Secretaria de Administração deu a suspensão desta licitação.

Tanto que o secretário anuncia como “novidade” da sua gestão, o principal item do contrato suspenso: o pagamento de serviços hospitalares por metro quadro.

Ao invés de os assessores do atual Governo ficarem criando factóides políticos para justificar a inoperância administrativa, deviam trabalhar para garantir aos pernambucanos serviço público de qualidade, principalmente na área de saúde. Área que precisa de compromisso, eficiência, trabalho e dispensa politicagem.

Recife,15 de junho de 2007