Jornal O Tempo, de Minas Gerais CABROBÓ – O plenário da Câmara de Vereadores de Cabrobó foi pequeno para a quantidade de pessoas que participaram de uma audiência pública sobre a transposição do rio São Francisco.
Em um município com alto índice de desemprego, conforme destacou o vereador Edmilson Caldas, a maior parte da platéia buscava informações sobre as frentes de trabalho que serão abertas para civis com o andamento das obras realizadas pelo Exército.
Após quase três horas de explanações, muitos saíram decepcionados.
O major Aristocles Batista informou que o edital do concurso público está sendo elaborado em Brasília e ainda não há data definida para ser publicado.
Segundo ele, haverá vagas para médicos, engenheiros, técnicos em segurança do trabalho e para o serviço operacional, como motoristas e operadores de máquinas.
No entanto, requisitos como experiência de dois anos comprovada na carteira de trabalho vão inviabilizar a participação de muitos candidatos no processo de seleção. “Muita gente aqui alimentava o sonho de arrumar o primeiro emprego na transposição e está vendo tudo virar pesadelo.
São pessoas com capacidade, mas que nunca tiveram a oportunidade de ter uma carteira assinada”, lamentou a professora Lourdes Galvão. “O Exército vem na Câmara e diz que a cidade já está tendo renda, porque tem 50 militares gastando dinheiro com cachorro-quente e churrasquinho.
Será que é isso que Cabrobó precisa”?, criticou o vereador Nilson Dôba.
Segundo o major Aristocles, a exigência de experiência profissional é necessária para não comprometer a segurança no canteiro de obras.
Os concorrentes terão que pagar uma taxa de inscrição, cujo valor não foi divulgado, farão provas escrita e prática e ainda serão submetidos a uma entrevista.