A denúncia veiculada pelo Jornal Nacional de que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou notas fiscais frias para se defender das acusações de que um lobista de empreita pagou despesas pessoais suas embolou o meio de campo no Conselho de Ética e até parlamentares governistas admitem que seu futuro é incerto.

Até ontem, o arquivamento das denúncias contra ele era considerado inevitável.

Quem informa é o site Congresso em Foco.

A oposição vai pedir o adiamento da votação do relatório que propõe a absolvição de Renan e uma perícia sobre os documentos apresentados pelo senador.

Até a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), grande defensora de Calheiros, admite que o cenário mudou. “As denúncias vão mudar o clima dos debates, mas, se será suficiente para mudar a votação, não dá para saber”, disse a senadora. “A matéria só reforça a tese do DEM do voto em separado e de que é preciso haver perícia dos documentos.”, afirmou o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Ele vai apresentar voto em separado hoje para suspender o processo no Conselho de Ética até que se ouçam outros envolvidos no caso e se faça uma perícia nos documentos apresentados pelo advogado de Renan.

O líder do PSB, Renato Casagrande (ES), também considera que Renan Calheiros ainda deve explicações. " Por outro lado, os que defendem o presidente do Senado argumentam que os documentos entregues para o corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), já sofreram a devida auditoria. “Essas provas já receberam auditoria, mas eles não aceitam e então vamos dar chance ao contraditório”, disse o presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado (PT-AC).