Sob o título Greve contra a Educação, a deputada Terezinha Nunes escreveu, em sua página pessoal, uma crítica aos professores grevistas do Estado.

Arrisca-se a ouvir um apelo para calar a boca, a exemplo do que ocorreu, hoje cedo, na reunião dos professores, com o líder da situação, Isaltino Nascimento.

Veja os termos: Está terminando uma greve na rede pública municipal do Recife e se inicia uma greve na rede pública estadual.

Na Assembléia sucedem-se os discursos dos deputados do PT de apoio aos grevistas.

Tudo bem, fazem parte da bancada sindicalista.

O que dizer, porém, dos alunos, que nada têm com a greve e são condenados a ficar sem aulas?

O que dizer dos pais, das mães sobretudo, que são obrigadas, enquanto os professores estão em greve, a encontrar um local para deixar os filhos antes de ir para o trabalho ou – o que pior – entregá-los ao “Deus dará”, ou seja, às ruas dos bairros onde moram e que são, comumente, más conselheiras?

Já é tempo de os professores encontrarem uma outra forma de reivindicação que não seja a paralisação.

Se não vai chegar o momento em que os pais e alunos vão também fazer passeata para reivindicar o retorno dos mestres às escolas.

Porque da forma em que está só quem perde com essas greves são os alunos e a já combalida educação brasileira.

Os professores, quando muito, só se arriscam a receber os salários com atraso.

Nada mais.