Movimentos sociais preparam protestos Jornal O Tempo, de Minas Gerais CABROBÓ – Com o início das obras de transposição do rio São Francisco marcado para esta semana, quando também está prevista a presença do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), em Cabrobó, representantes das comunidades indígenas e de movimentos sociais não descartam a possibilidade de realizarem manifestações contra o projeto.
Os protestos poderão ser feitos em frente ao posto de gasolina desativado, às margens da BR-428, onde foi montado o alojamento da tropa do Exército, responsável pela execução da primeira fase das obras.
Segundo Maria José Marinheiro, a Maria Tumbalalá, a tribo indígena não ficará de braços cruzados assistindo passivamente ao início das obras. “Não sabemos quando nem como, mas os indígenas, quilombolas e movimentos sociais farão de tudo para defender o rio São Francisco e os interesses do nosso povo”, disse. “Basta chamarmos nosso povo para o protesto e toda a aldeia se coloca em prontidão”, completou Socorro Marinheiro, a Côca Tumbalalá.
No entanto, o cacique da tribo, Cícero Romão Gomes, afirmou que não há nenhuma mobilização de protesto ou invasão da base do Exército confirmada.
O major Aristocles Batista, comandante da tropa do 2º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército instalada em Cabrobó, afirmou que o desmatamento para a abertura do canal que transportará água do São Francisco começa depois de amanhã. “Estamos aqui apenas para fazer as obras.
Se houver manifestações, os órgãos competentes é que tomarão as devidas providências”, disse o militar.
Conforme o cronograma da expedição iniciada hoje pelo ministro, pelo rio São Francisco, ele deverá chegar a Cabrobó no dia 15, próxima sexta-feira.