Do Valor Econômico, em São Paulo O governo anunciou nesta terça-feira a criação de três linhas especiais de financiamento no valor de R$ 3 bilhões para o setor de calçados, artefatos de couro, têxtil, confecções e móveis, prejudicados pela valorização do real frente ao dólar.

Os recursos virão do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e devem ser contempladas empresas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.

GOVERNO QUER MUDAR TAXA PARA VESTUÁRIO IMPORTADO O ministro da Fazenda anunciou que os impostos para importação de vestuário poderão ser revistos.

Para Guido Mantega, deverão incidir sobre a quantidade em vez do preço da importação, uma vez que a Super-Receita tem constatado que os valores declarados na importação de vestuário e acessórios estão mais caros que o produto final.

MÃO-DE-OBRA ESQUECIDA A verba destina-se a capital de giro, investimento e pré-embarque de exportação.

A União vai subsidiar uma parcela desse empréstimo, por meio do Tesouro Nacional.

Renúncia fiscal As indústrias de eletroeletrônicos e automotivo -que também reclamavam do impacto cambial- serão beneficiadas com outras medidas, que se aplicam também aos demais setores mencionados.

Uma delas reduz o prazo para recebimento de crédito de PIS/Cofins. “A proposta é permitir a apropriação imediata dos créditos”, informou o Ministério da Fazenda em nota.

Atualmente, as empresas apropriam o crédito na compra de bens de capital em 24 meses.

A renúncia fiscal estimada com essa medida é de R$ 600 milhões no primeiro ano e 4.300 empresas podem serão beneficiadas.

Menor cota de exportação O governo também reduziu de 80% para 60% o volume da produção que precisa ser exportada para que as empresas desses setores tenham direito à suspensão de PIS e Cofins na compra de insumos e bens de capital.