Brasília - Representantes do setor de transporte marítimo e fluvial participaram da 1ª Reunião do Grupo de Trabalho Conjunto de Competitividade para discutir questões do setor portuário.
Em plenário lotado, o Diretor do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval, Sérgio Leal, e o diretor-geral da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq), Fernando Antônio Fialho, divergiram sobre a capacidade de produção de novos navios nos estaleiros nacionais.
Na reunião, foram discutidos problemas de navegação de cabotagem, de dragagem, greves de servidores públicos nos portos e o comprometimento do comércio exterior em decorrência da não conformidade de portos brasileiros ao código internacional.
Sobre cabotagem, Antônio Fialho, afirmou que as embarcações brasileiras são ultrapassadas e têm alto custo de manutenção.
Fialho afirmou ainda que falta estrutura nos estaleiros para o produção de novos navios.
Porém Sérgio Leal divergiu da afirmação, segundo ele os estaleiros têm espaço físico suficiente para a produção de novos navios.
Para esclarecer qual é a realidade dos estaleiros, o Grupo de Trabalho vai convocar o vice-presidente Executivo do Sindicato Nacional de Empresas de Navegação Marítima (SYNDARMA), Paulo Cotta, para uma reunião.
Presente no evento, o deputado federal Márcio França, Líder do Bloco PSB, PCdoB, PDT, PMN, PHS, PAN informou que, em 2006, foi permitido o afretamento de 1,593 bilhões de toneladas em navegação de longa distância.
A frota brasileira de navios há 20 anos era de 300 navios e hoje não ultrapassa 140.
As embarcações produzidas atualmente são todas de pequeno porte.
Márcio França acredita que a indústria naval brasileira, embora esteja em recuperação, precisa de uma linha de financiamento urgente para passar a produzir navios de grande porte, além das embarcações de cabotagem. “Penso que uma boa sugestão seria repetirmos uma fórmula já existente no Ministério de Ciência e Tecnologia, a Finep (Financiadora de Projetos), para priorizar financiamentos no setor de ciência e tecnologia.
Assim podemos criar uma Finav (Financiadora de Navegações), com independência do BNDES, respeitando especificidades que só a navegação tem e daríamos mais agilidade aos financiamentos” propôs o socialista.
Essa financeira seria vinculada à Secretária dos Portos.