O governador Eduardo Campos (PSB) recebeu com reservas os últimos números sobre a violência em Pernambuco.

Disse que o Estado vem trabalhando para construir um sistema de divulgação oficial mais preciso e claro.

E reclamou de quem cobra resultados do Pacto pela Vida, depois de apenas um mês do seu lançamento. “Nenhuma experiência no mundo, que você veja na literatura, vai mostrar que houve um plano do qual já estivessem cobrando resultados com apaenas 30 dias”, afirmou em coletiva, depois de participar de solenidade em comemoração aos 182 anos da Polícia Militar, no Geraldão, Imbirobeira, na tarde desta segunda (11). “Quem está fazendo essa cobrança não leu nada sobre política de segurança, não estudou absolutamente nada e não participou dos debates (que deram origem ao Pacto), porque nos debates estava claro que esta é uma política de Estado que deve se sustentar”, bateu.

E continuou: “Estamos absolutamente tranqüilos que o rumo é esse.

Não deve haver qualquer tipo de sobressalto”.

Eduardo também se disse satisfetito em relação a seus auxiliares na área de segurança. “Eles estão tendo desempenho meritório,que merece o meu reconhecimento”, avaliou. “Têm a minha confiança, compreendem a política e estão se desdobrando no sentido de conseguir as metas e os resultados”.

Neste domingo (10), matéria publicada pela Editoria de Cidades do Jornal do Commercio mostrou que em maio de 2007 houve 8 homicídios a mais que em maio de 2006.

No lançamento do Pacto pela Vida, há um mês, o governo colocou como meta diminuir em 12% o número de homicídios no Estado em 12 meses - entre maio de 2007 e abril de 2008.

Além disso, nesta segunda, o blog PEBodycount divulgou que o último final de semana foi o mais violento desde que o contador de homicídios no Estado entrou no ar na internet, no dia primeiro de maio.

Foram registrados 54 assassinatos entre o meio dia da sexta (8) e as 7h desta segunda. “Os números ainda são muito altos.

E nós precisamos perseverar com a nossa política de segurança pública, que antes não havia”, declarou o governador. “Vamos festejar a existência dessa política”.