Da Folha Online A Polícia Federal em Mato Grosso do Sul afirmou neste sábado que 13 presos pela Operação Xeque-Mate foram liberados na noite de ontem, quando a Justiça prorrogou a prisão temporária de apenas 67 dos 80 detidos sob suspeita de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis.

Durante a operação, na segunda-feira, a PF realizou busca e apreensão na casa de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo, no ABC Paulista.

Vavá foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário.

A PF chegou a pedir a prisão do irmão de Lula, mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha.

Uma escuta instalada pela Polícia Federal no telefone da casa de Vavá indica que o irmão de Lula usava o nome do próprio presidente em sua atividade de lobby.

As gravações revelam também que Lula, informado sobre a movimentação do irmão em “ministérios” de Brasília, teria chamado Vavá para dar uma bronca.

Vavá ainda teria oferecido serviços de lobby no Judiciário, segundo reportagem publicada hoje pela Folha.

O irmão de Lula teria participado de reuniões em São Bernardo do Campo e Brasília com agropecuaristas para tentar reverter decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça).