Por Gustavo Henrique Holanda Dias A Pró-Reitoria para Assuntos Acadêmicos da UFPE divulgou nesta quinta-feira (7) o resultado da pré-seleção do Programa de Bolsas Luso-brasileiras Santander Universidades.

Dez alunos foram beneficiados pelo Programa que conta com o financiamento do Banco Santander Banespa, recebendo cada estudante a quantia de 3.300 euros para o período de seis meses em Portugal.

A distribuição das bolsas entre os Centros Acadêmicos da UFPE e os critérios utilizados na seleção estão sendo questionados por estudantes prejudicados.

A UFPE possui dez centros, mesmo número de bolsas oferecidas e apenas cinco desses centros foram beneficiados.

Entre eles, o CAC - Centro de Artes e Comunicação foi privilegiado com 40% do total de bolsas.

O único critério utilizado, a média geral dos estudantes, somente foi divulgado após o resultado, deixando de lado outras atividades acadêmicas que a Instituição estimula, como pesquisa e extensão universitária.

Além disso, o aluno só pode se inscrever a uma das universidades portuguesas e não ao conjunto das instituições participantes.

Outras instituições de ensino superior, como a UFRN, UFRG, UFMT, UFSM, além da análise das notas globais, verificaram a participação dos estudantes em projetos de pesquisa, congressos, seminários e outras atividades acadêmicas.

O resultado final deixou de mencionar as médias gerais dos alunos pré-selecionados, causando desconfiança entre os estudantes e comprometendo a transparência da seleção, considerando que tal Programa envolve um grande interesse acadêmico e profissional, além de representar um sonho possível de se concretizar e que, não fosse o financiamento da instituição propulsora, seria inexeqüível.

O panorama fatídico que se tem após o resultado é que a Universidade Federal de Pernambuco não definiu critérios razoáveis para a escolha, deixou de prestigiar atividades que aparentemente estimula, contemplou cursos e centros em detrimento de outros, não foi transparente na divulgação dos resultados, enfim, agiu com injustiça inadmissível.

O critério que utilizaram só seria pior se realizassem um sorteio ou um bingo para definir os beneficiados.

Pretendemos questionar o resultado junto à Reitoria da UFPE e, não sendo suficiente,usaremos as vias judiciais para corrigir o ato administrativo viciado.