Trinta e cinco integrantes do Partido Socialismo e Liberdade(PSOL) de Pernambuco, entre eles o presidente estadual da legenda, Edilson Silva, permanecem na delegacia da Polícia Civil do Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, onde na manhã desta quinta (7) chegaram a invadir a pista de pouso e decolagem em um protesto contra a TAM.
A confusão aconteceu porque a empresa aérea transferiu o local de desembarque do vôo 3395 (Recife-São Paulo-Rio), do Aeroporto Santos Dumont, no centro, para o Tom Jobim, na Ilha do Governador.
O problema é que a delegação de Pernambuco vai participar do Congresso Nacional do PSOL, que acontece na sede do partido, na Lapa, mais próxima do Santos Dumont. “A tripulação comunicou aos passageiros que iria mudar o local de desembarque por questões meteorológicos e nos garantiu traslado para o Santos Dumont, onde um ônibus do partido esperava para nos levar até o local do Congresso”, conta Edilson Silva.
Segundo ele, no solo, a história mudou e a TAM não forneceu o transporte. “Tentamos falar com a supervisão da empresa, mas os funcionários do desembarque não permitiram e foram extremamente grossos com a gente”, lembra.
Diante do impasse, a delegação resolveu invadir a pista do aeroporto, o que teria acontecido por volta das 11h da manhã. “Permanecemos apenas uns dez minutinhos na pista”, diz o presidente estadual do PSOL.
Foi o tempo suficiente para que policiais federais e funcionários da Infraero chegassem e conduzissem o grupo, novamente, para a área interna de desembarque.
A TAM decidiu prestar queixa na delegacia do aeroporto contra os militantes que, segundo a empresa, teriam ferido um funcionário da companhia no momento em que forçaram a passagem para a pista. “Somos 35 pernambucanos.
Se tivesse havido agressão, ele não estaria vivo pra responder”, disse Alexandre Santos, integrante do partido.
Os dirigentes do PSOL também resolveram registrar queixa contra a TAM.
Por isso, permaneciam até agora prestando depoimento.
Edilson Silva contou ainda que o partido vai entrar com ação judicial contra a companhia nos próximos dias. “As empresas aéreas estão acostumadas a enfrentar as pessoas individualmente.
Não sabiam que formávamos um grupo e aproveitamos para fazer o protesto”, explica. “A sociedade civil não pode mais ser tratada desse jeito pelas companhias”.
De acordo com ele, o partido comprou entre 400 e 450 passagens à TAM para levar ao Rio de Janeiro delegações de vários Estados das regiões Norte e Nordeste.
O congresso nacional da legenda vai desta quinta até o próximo domingo.