A secretária de Estado americana pediu réplica e disse que “seria difícil para qualquer comissão debater mais, investigar mais e criticar mais as políticas americanas do que é feito toda noite pela CNN, ABC, NBC ou CBS.
Essa é uma questão de liberdade de imprensa”.
Em seguida, Condoleezza saiu da sala.
Maduro propôs então que Washington convidasse a Tevês – emissora estatal que substitui a RCTV – para entrevistar os presos de Guantánamo. “É algo monstruoso, só comparável à época de Hitler, que ainda existam prisões clandestinas, com prisioneiros sem rostos e sem nome”, disse o representante na Venezuela.
No lado de fora do prédio da Assembléia, cerca de 200 jornalistas panamenhos protestaram pelo fim das transmissões da RCTV.
Na segunda-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) rebateu a declaração do presidente venezuelano Hugo Chávez, de que o Congresso brasileiro é um “papagaio” do norte-americano. “Depois da globalização, a defesa da democracia não pode ter fronteira, tem que ser uma tarefa de toda a sociedade”, afirmou, completando que o sistema não é um regime perfeito, mas é o melhor.
Já os líderes da oposição no Senado anunciaram que vão travar a votação do protocolo de adesão da Venezuela como membro pleno do Mercosul. “Chávez não é um bom parceiro para o Brasil”, disse José Agripino (DEM-RN). “O PSDB não aceita a permanência da Venezuela sob nenhuma forma, a menos que, formal e cabalmente, o presidente Chávez se retrate", condicionou o líder do partido na casa, Arthur Virgílio (AM).