Por Emanuel Andrade Especial para a Editoria de Política do JC Ainda não foi nesta quarta-feira que José Adailton Monteiro(PTB) e seu vice Pedro Manoel da Silva (PMDB), diplomados na terça-feira pelo juiz eleitoral Francisco de Assis Timóteo, assumiram a Prefeitura de Verdejante, no Sertão do Estado, a 580 quilômetros do Recife.
A expectativa em torno da posse, prevista para as 8h, acabou sendo adiada.
Com isso, o município fica, praticamente, três dias sem prefeito.
O presidente da Câmara de Vereadores Rosivaldo Bezerra(DEM), passou o dia despachando os ofícios que confirmam o ato para às 18 h de amanhã, no prédio do legislativo municipal. “A Câmara está cumprindo as normas do regimento que nos dá 72 horas para realizar a posse, então, estamos cumprindo a determinação judicial dentro do prazo previsto”, afirmou Rosivaldo.
O impasse político no município vem ocorrendo desde o dia 22 de maio, após a cassação do prefeito eleito no último pleito, Francisco Alves Tavares(DEM).
Apesar do clima tenso por parte de pessoas da comunidade, secretários e servidores da Prefeitura continuaram trabalhando no prédio. “Ele(Tavares) foi eleito com 80% dos votos e se cometeu erros cabe a Justiça tomar as providências e até cassá-lo, desde que haja provas concretas.
Agora, empossar um candidato que obteve 14% dos votos é um absurdo.
O povo quer outra eleição e tenho certeza que o adversário perderia na hora”, argumentou Rosivaldo.
Na Câmara o prefeito contava com sete aliados e dois adversários.
O município de 9.300 habitantes, contabiliza 7 mil eleitores.
O clima de tensão envolvendo aliados e adversários das duas coligações que disputaram o pleito, ganhou as ruas da cidade na tarde desta quarta-feira num protesto em favor de Fracisco Tavares.
Mais de 2 mil pessoas se manifestaram contra a decisão do TRE em cassar o democrata e não indicar uma nova eleição.
De caras pintadas, os manifestantes portavam faixas e cartazes contendo frases de apoio ao prefeito cassado.
Seguiram pela avenida central e ruas do centro, terminando com uma parada em frente à Prefeitura, onde discursaram com apoio de um carro de som.
Durante o movimento, ainda improvisaram urnas feitas de papelão onde depositaram centenas de títulos sinalizando que vão devolvê-los à Justiça Eleitoral. “A gente quer que nosso voto seja respeitado.
Se o prefeito não pode ficar que façam outra eleição.
Não vale qualquer indicação, isso é anular a democracia”, criticou Francisco Eduardo do Carmo, 30.
Na opinião do motorista Oscar Jacobina, 44, tudo não passou de uma traição política que vem lá dos chefes do poder em Recife".
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