Do site Congresso em Foco Mobilização no Congresso Recebi aqui uma comissão de parlamentares que nunca tinha recebido antes: supra-partidária, dos mais diversos partidos, todos manifestando um desejo, um empenho de associar-se a esse esforço de forma harmônica.

Setores do próprio Legislativo não aceitam esse estado de coisas.

Esteve aqui o deputado Paulo Rubem Santiago (PT-PE), coordenador da Frente Parlamentar contra a Corrupção, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), o deputado Mendes Ribeiro (PMDB-RS), a deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Chico Alencar (Psol-RJ) e o corregedor da Câmara, Inocêncio Oliveira (PR-PE), que veio coordenando o grupo.

Portanto, um arco-íris partidário bem diversificado.

E manifestaram a intenção de fazer uma mobilização para que as medidas que dependem do Congresso sejam tomadas.

Disse a eles que via isso como um momento ímpar na nossa história.

Espero que, desta vez, não se trate apenas de mais um espasmo de indignação, que periodicamente acontece no país e depois todo mundo esquece.

Na época da CPI dos Anões do Orçamento, parecia que o país ia mudar.

E, no entanto, poucos meses depois, todo mundo esqueceu.

Não participava de um órgão de investigação na época.

Não sei se chegou a nome e sobrenome como está chegando agora, a documentos, a escutas, com essa amplitude.

Mas percebo agora uma disposição em todos os poderes.

Temos conversado com o Ministério Público, o Tribunal de Contas, no próprio Judiciário… a ministra Eliana [Calmon, do Superior Tribunal de Justiça, relatora da Operação Navalha] está dando um exemplo de que não vai dificultar em nada as investigações.

Está todo mundo com o objetivo uniforme.

Novo projeto para licitações A Câmara, infelizmente, castrou muitas das principais medidas.

Felizmente, no Senado, o projeto está melhorando.

O uso do pregão para obras estava num [limite de] valor ridículo, de R$ 340 mil.

O que são R$ 340 mil? É uma reformazinha.

Agora, o senador Jarbas [Vasconcelos (PMDB-PE)], que é o relator no Senado, voltou para cima: está em R$ 3,4 milhões.

Nós entendemos que deveria ser sem limite, mas tem o argumento das empreiteiras, vocalizado por alguns deputados de que é arriscado, porque você vai perder em qualidade.