Por Giovanni Sandes Repórter de Economia do JC O secretário de Recursos Hídricos e presidente da Compesa, João Bosco de Almeida, revelou agora há pouco que uma equipe de quatro técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passou dois dias analisando a parte operacional da estatal de água e saneamento e está indo embora agora à noite.

Na próxima segunda-feira, chega a parte da missão que vai avaliar a gestão da companhia (as contas propriamente ditas).

O BNDES, que estuda adquirir 30% da Compesa, pode ser a saída para o governo do Estado resolver uma dívida de R$ 330 milhões com a Caixa Econômica Federal (CEF).

A pendenga com a CEF começou em 2001, quando o Executivo tentou, sem sucesso, vender a Companhia.

Na ocasião, o governo conseguiu R$ 230 milhões a título de adiantamento com o banco pela privatização da estatal.

Como o negócio não andou, a Caixa passou a entender a operação como um empréstimo e cobrar o dinheiro de volta, com módicos juros de 1% ao mês.

O Executivo não pretende assumir o ônus do pagamento.

Mas, para efeito contábil, conforme adiantou o JC, pretende incluir o débito no Programa de Ajuste Fiscal (PAF) – que define metas de receitas e gastos para cada Estado.

A inclusão no PAF foi uma medida preventiva, caso a negociação para o BNDES adquirir parte da Compesa não ande.

A missão de técnicos era esperada para a semana passada, mas sua vinda terminou adiada.

Segundo João Bosco, a análise das contas da Compesa deve levar 30 dias.

A previsão da Compesa é faturar R$ 560 milhões este ano.

Desde 2001, o patrimônio líquido da Companhia passou de R$ 460 milhões para R$ 1 bilhão.

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