Ainda não foi finalizado o inquérito policial que a 1a Delegacia da Mulher, em Santo Amaro, conduz sobre queixa de agressão física e verbal que teria sido cometida pelo presidente estadual do PSOL, Edilson Silva, contra sua ex-mulher, Tereza Cristina Albuquerque.
Mas as investigações internas do partido concluíram, segundo Edilson, que não houve agressão alguma.
Ele informa que uma comissão nacional do PSOL, formada por quatro pessoas, entre elas a ex-senadora Heloisa Helena, apurou a questão ainda em abril, na semana seguinte à briga que deu origem à queixa.
Foram ouvidos, além próprio Edilson e sua ex-companheira, os dirigentes estaduais do PSOL, José Gomes e Albanise Pires, que sustentam a versão do presidente estadual da legenda.
Gomes e Albanise são casados.
E as únicas testemunhas da discussão, que ocorreu no apartamento deles, no Espinheiro. “Tereza partiu como se fosse agredir Edilson e ele a conteve”, lembra o dirigente.
Por sua vez, Albanise conta que, a pedido de Tereza Cristina, acompanhou a ex-mulher de Edilson à Delegacia da Mulher, no dia seguinte à briga.
Mas também afirma que não houve agressão.
E acredita que a queixa está sendo utilizada para fragilizar o PSOL. “No dia em que fomos à Delegacia, havia militantes do PSTU dando apoio a Tereza”, diz.
Embora sua ex-companheira negue, Edilson Silva garante que o episódio tem motivação política.
Ele conta que Tereza Cristina pertence a uma corrente dentro do partido que defende uma aliança com o PSTU. “Mas nós queremos ser reconhecidos como uma esquerda diferenciada, moderna, com propostas e preparada para um debate qualificado”, dispara.
O presidente estadual do PSOL vai esperar a conclusão do inquérito policial para mover uma ação por danos morais contra sua ex-mulher.
Em abril, já havia registrado queixa na Delegacia do Espinheiro, denunciando Tereza Cristina por calúnia e difamação.
A militante também poderá receber punição do partido.
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