Na campanha eleitoral, o então candidato Eduardo Campos criticava os incentivos fiscais do Prodepe, reclamava que que se estava dando dinheiro para as grandes empresas, em detrimento de ações sociais, chegando até a falar em devassa no Prodepe.

Instalado na cadeira de governador, Eduardo Campos já não demonstra mais o mesmo ímpeto.

Depois de quase seis meses de governo, vai aprovar os primeiros incentivos fiscais.

O Comitê Diretor do de Desenvolvimento de Pernambuco (Prodepe) selecionou 15 projetos para o recebimento de incentivos fiscais, após a análise de 30 pedidos, de um total de 54 protocolados.

Os benefícios poderão ser desfrutados por oito indústrias, cinco centrais de distribuição e dois importadores atacadistas.

O investimento projetado pelo primeiro grupo é de R$ 36,2 milhões, com 479 empregos gerados, como a fábrica de vinhos e bebidas quentes Comary, Já as centrais, a exemplo da Moto Honda da Amazônia, deverão faturar R$ 508 milhões e os importadores, R$ 81,3 milhões.

A decisão do comitê ainda será referendada pelo Conselho de Desenvolvimento Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) no próximo dia 15. “Procuramos aprovar pleitos que tragam o desenvolvimento para o Estado.

Não estamos com ânsia de aprovar tudo o que bate à nossa porta em busca de apoio do Prodepe.

Temos que ser criteriosos, buscando cumprir os compromissos da interiorização do desenvolvimento e com atenção às novas cadeias produtivas que se formam”, justificou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Bezerra Coelho.

Ah, bom!

Agora está explicado: Não é açodado.

De acordo com ele, o governador Eduardo Campos orientou que a Secretaria da Fazenda reforce o controle nos projetos aprovados. “O governador que uma auditoria permanente para que saibamos se os investimentos foram, de fato, feitos, e se os benefícios foram gerados”.

A Sefaz já cancelou 31 benefícios em cinco meses por descumprimento da legislação do Prodepe.