Só mesmo a polêmica em torno do parque de Boa Viagem tem mais bate-rebate que a discussão sobre a coleta de lixo no arquipélago de Fernado de Noronha.

Na semana que passou, o blog publicou denúncias da empresa Universo contra o edital de licitação, que estaria viciado, segundo seu proprietário, Bruno Soares de Melo, para favorecer a Engemaia - que já prestou o serviço de coleta, hoje sob responsabilidade da própria Universo.

O administrador de Noronha, Romeu Neves Baptista, rebateu.

O dono da Universo teve direito à tréplica.

Agora, o blog abre espaço, mais uma vez, para que o administrador exerça o direito de resposta. “Prezado Jamildo, O seu prestigiado blog tem sido utilizado por representante da empresa Universo, responsável pela coleta e processamento do lixo de Fernando de Noronha, para tecer considerações descabidas e inadequadas acerca do edital de licitação.

Vamos aos fatos: a) Em 21 de junho de 2006, o Tribunal de Contas do Estado, através de um relatório de auditoria, apontou deficiências e irregularidades nos trabalhos realizados pela empresa. b) Em 2 de outubro do ano passado, a empresa enviou correspondência à administração de Fernando de Noronha registrando seu não interesse em renovar o contrato.

Alegava que seus técnicos não tinham previsto, à época da licitação na qual foi escolhida, diversos fatores que inviabilizavam economicamente a continuidade da prestação dos serviços.

Os fatores alegados prendem-se, exatamente, às peculiaridades da operação numa ilha situada a mais de 500 km do continente, tais como alta rotatividade de funcionários, dificuldade de recrutamento de pessoal, altos custos de fretes marítimos, dificuldade de manutenção de máquinas, equipamentos e ferramentas, entre outros problemas. c) Em 4 de outubro do mesmo ano, a administração propôs à empresa uma prorrogação de 6 meses no contrato, para que fosse realizado novo processo licitatório. d) Em 24 de outubro, a Universo assume o compromisso de renovar o contrato por um período de 3 meses.

Quando assumi, em 18 de janeiro de 2007, este prazo estava vencendo, sem que o edital tivesse sido lançado. e) De comum acordo com a empresa, o contrato foi aditado por 9 meses, para possibilitar um novo processo licitatório. f) O edital foi elaborado cuidadosamente para contemplar as peculiaridades ambientais e geográficas de Fernando de Noronha, assim como assegurar a execução satisfatória dos serviços. g) Diante das especulações, a nosso ver inteiramente despropositadas, remetemos o edital ao Tribunal de Contas do Estado que se pronunciará.

Atenciosamente, Romeu Neves Baptista”.

PS: está mesmo na hora do TCE encerrar o barulho, posicionando-se sobre o assunto e evitando que qualquer sujeira seja varrida para debaixo do tapete.

Leia a posição da Universo aqui.