O projeto do parque de Boa Viagem é a primeira de uma série de transformações que a Prefeitura ainda pretende implantar na zona sul do município.
A informação é do secretário de Planejamento, João da Costa, que participa de audiência pública na Assembléia Legislativa. “Recife não pode viver apenas de sol e praia, depois do tubarão”, afirmou.
Segundo ele, é preciso que a cidade se estruture para aproveitar “a nova dinâmica de crescimento do Brasil”, investindo em sua vocação cultural. “O projeto de Niemeyer não é para um parque de eventos, é um centro de cultura”, argumentou. “Não estamos querendo um \Lindufolia\ para a área como estão dizendo”.
Ele revelou que a idéia da Prefeitura é fazer de Boa Viagem um novo centro metropolitano.
Dentro desta meta, se incluiria a criação de uma Zona de Desenvolvimento Econômico (Zede) em torno da Av.
Antônio Falcão e o zoneamento do Pina, de modo a disciplinar o crescimento na área.
Costa também adiantou que a Prefeitura pretende reduzir o percentual constrtutivo de Boa Viagem, a exemplo do que foi feito em outros bairros do Recife.
A medida foi incluída no Plano Diretor do município, que está na Câmara de Vereadores, e visa a manter o caráter residencial de Boa Viagem.
Sem prejuízo de sua estruturação como centro metropolitano.
De acordo com João da Costa, todas estas ações correspondem a uma política de inclusão da imensa massa de miseráveis do Recife - onde 70% da população se mantém com menos de um salário mínimo por mês. “Não podemos esperar 10, 20 anos para correr atrás do prejuízo”, disse.