O curioso na interdição do Maison d´Odete é que, segundo o secretário de Planejamento de Jaboatão, Edson Matos, faltavam poucos documentos para que a boate/ restaurante pudesse continuar funcionando normalmente no local onde está hoje: Av.

Bernardo Vieira de Melo, 8.036, Candeias.

A empresária Odete Miranda só precisava apresentar dois documentos que estavam faltando no processo.

Licença da Vigilância Sanitária e certidão de propriedade do imóvel - que é alugado e pertence, de acordo com o contrato de locação, a Antônio Carlos Dias.

Não foi o que aconteceu.

De acordo com o secretário, assessores de Odete apresentaram nesta terça (29) uma falsa renovação de alvará para funcionamento, obtida em janeiro de 2006 (ver post mais abaixo).

E agora a situação ficou complicada para a empresária.

Matos também se defendeu das acusações de ter demorado muito para checar as condições de funcionamento do imóvel.

Ele havia concedido um alvará provisório, válido por 60 dias, em julho de 2005, data em que a Maison se instalou no local.

A licença expirou, mas a Maison continuou funcionando sem ser incomodada pela secretaria. “O problema é que a prefeitura não tem uma estrutura eficiente de fiscalização”, contou.

O secretário também explicou que não poderia impedir o funcionamento do Maison por causa dos débitos de IPTU (mais de R$ 200 mil acumulados, desde 2003).

Até porque a dívida é do proprietário e não de Odete Miranda.

A casa de shows, que nos documentos oficias aparece como Restaurante Veneza, está interditada desde a tarde de ontem (28).

Um dos advogados de Odete, Rafael Caetano, informou que a interdição apressou os planos da empresária de transferuir a maison para um espaço maior, também em Candeias - o que deve acontecer, segundo eel, ainda esta semana.